Avançar para o conteúdo principal

O produto é bom, mas não vende: por que esse problema afeta muitas empresas e o que fazer para corrigir

Freepik


Muitas lideranças sofrem com o mesmo problema: a empresa é bem estruturada, oferece produtos de primeira, está preparada para um atendimento de excelência, mas o cliente simplesmente não compra. O que tinha tudo para ser um sucesso transforma-se numa dor de cabeça... que custa caro. Qualquer que seja o segmento, quando esse tipo de frustração acontece, é certeza de que alguma coisa no processo está errada.

O diretor de estratégia da 2DA Negócios e Territórios, Luiz Antunes, aponta o que considera o principal problema dessas empresas. “Hoje só sobrevive no mercado quem tem a capacidade de entregar o que o cliente realmente valoriza. O problema é que muitas vezes fazemos o que manda a cartilha, mas ainda não nos tornamos realmente relevantes, não chegamos lá, estamos somente entregando o básico, o mínimo. O algo a mais é o que marca. A marca sempre foi o ativo mais importante de uma empresa, e agora mais do que nunca. O produto, o relacionamento com o público, a logística, o setor de TI, os serviços oferecidos... Tudo deve convergir para entregar o que o cliente valoriza, o tempo todo”, afirma o gestor.

Luiz Antunes afirma isso com propriedade. A 2DA é especializada em consultoria estratégica, e o diretor vivencia problemas deste tipo no mercado quase que diariamente. “Se tudo parece tão certo, o que pode estar dando errado? É a pergunta que muitas empresas acabam se fazendo”, revela. “Antes de tudo, é preciso fazer uma autocrítica e reconhecer que não está tudo certo. Há um ruído nesse modelo de gestão”, sugere.

Antunes lembra que os consumidores e as próprias marcas mudaram de comportamento ao longo do tempo. Até os anos 80, bastava ter um bom produto para dominar o mercado. Entre os anos 90 e 2000, o diferencial passou a ser a exposição da marca através dos comerciais e de outras campanhas de marketing. Com as novas tecnologias, as empresas hoje buscam relacionar-se mais intimamente com as pessoas.

“Esse cenário de hoje não significa que o produto ficou em segundo plano. Ter um bom produto é fundamental, mas não pode ser só isso. O marketing é importante, mas só ele não é suficiente”, adverte o diretor da 2DA. “Se a empresa tem tudo, menos faturamento e lucro, é porque em algum momento do processo a marca não é suficientemente atraente para as pessoas. Somente quando toda a empresa consegue caminhar no mesmo fluxo e oferecer experiências positivas de ponta a ponta é que a virada de chave acontece”, sentencia.

Ações integradas
Para o diretor de estratégia, as marcas precisam entender o que é valor para o cliente e, a partir daí, promover as mudanças internas necessárias para acompanhar o que o mercado aponta. “As ações hoje devem ser integradas e ao mesmo tempo plurais. O objetivo é oferecer experiências positivas para os consumidores. Esse relacionamento é que vai aproximar o público da marca”, explica.

Essas ações, segundo ele, podem ser tiradas do papel em qualquer momento vivido pela empresa. Um trabalho de consultoria e orientação estratégica pode ajudar a revolucionar a marca, aproximando-a do resultado esperado. “Quanto maior o nível profissional que se implementar nesse processo, os resultados potencialmente irão crescer. Por isso, uma boa consultoria pode contribuir para resgatar ou fortalecer a imagem de uma empresa e aproximá-la do seu público”, conclui.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Frigorífico mineiro mira mercado global e projeta faturamento de R$ 200 milhões até 2026

  Divulgação Prestes a iniciar suas operações no primeiro semestre de 2025, o frigorífico O Cortês, com sede em Raul Soares, na Zona da Mata mineira, já traça planos ambiciosos para se tornar um player relevante no mercado internacional. A empresa, que faz parte do Grupo ARO, tem como meta exportar carne suína para os mercados da União Europeia e Estados Unidos já em 2026, mirando um faturamento de R$ 200 milhões no segundo ano de operação.   Do interior de Minas ao mercado global   Com um investimento de R$ 25 milhões, dos quais R$ 17 milhões já foram captados por meio de uma linha de financiamento voltada à inovação do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e investidores privados, O Cortês surge com uma proposta inovadora no setor. Rodrigo Torres, sócio-proprietário do Grupo ARO, explica que o foco inicial será o mercado interno, mas a estratégia de expansão já está desenhada. “Em 2025, vamos focar no Brasil, mas nossa visão é global. Em 2026, querem...

Plasma de argônio intragástrico é alternativa para quem voltou a ganhar peso após a bariátrica

O reganho de peso após a cirurgia bariátrica é uma realidade enfrentada por muitos pacientes, mesmo anos após o procedimento. Um dos principais fatores que contribuem para esse retrocesso é a dilatação da anastomose, a junção entre o estômago e o intestino delgado que, quando ultrapassa os 12 milímetros de circunferência, compromete a sensação de saciedade e facilita a ingestão de maiores volumes de alimento. Entre técnicas, uma alternativa segura e minimamente invasiva vem ganhando destaque entre especialistas: o tratamento com plasma de argônio intragástrico. Para Dr. Mauro Lúcio Jácome, gastroenterologista, cirurgião do aparelho digestivo e especialista em endoscopia terapêutica. “Essa técnica tem mostrado ótimos resultados na readequação da anastomose, possibilitando ao paciente retomar o controle do peso corporal com segurança. O procedimento é realizado por meio de endoscopia digestiva alta, o que o torna não invasivo e de rápida recuperação”, discute o médico. Durante a sessão, ...

MOST é reconhecida como um ótimo local para se trabalhar

  Esforço da empresa em manter um ambiente de trabalho cada dia mais saudável oferecendo bem-estar para seus colaboradores foi reconhecido Créditos: Ícaro Aian A MOST foi reconhecida como uma das 70 empresas melhores para se trabalhar em 2023. O ranking é do Great Place to Work e levou em conta alguns requisitos, como, confiança dos profissionais em seus gestores, respeito mútuo entre liderança e colaboradores, imparcialidade, orgulho de vestir a camisa da firma, qualidade de vida no ambiente coorporativo, abertura para inovação, salários que condizem com a demanda de trabalho e benefícios trabalhistas, entre outros. Esse é o segundo ano consecutivo que a empresa entra para o ranking. O Great Place to Work é uma fonte de estudo que avalia e reconhece entidades com base em pesquisas de clima organizacional e práticas de gestão de pessoas. O reconhecimento como um "Ótimo Lugar para Trabalhar" reflete o compromisso da MOST em promover um ambiente que garante bem estar, além de s...